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CÂNCER DE BEXIGA
IntroduçãoA bexiga é um órgão alojado na pélvis e que tem a capacidade de se expandir e que possui a função de armazenar a urina produzida pelo nosso corpo. Todo o sistema urinário, incluindo rins, ureteres, bexiga e uretra, é revestido internamente por uma camada de células transicionais, chamado uretélio. O uretélio está separado dos músculos da bexiga por uma faixa fina de tecido chamada de lâmina própria. O comprometimento da lâmina própria pelo tumor separa tumores que tenha se infiltrado pelo músculo, constituindo um câncer invasivo, daqueles que não o invadem (cânceres superficiais ou não - invasivos). Os tumores de bexiga são tumores malignos que se originam na bexiga. Diferentes tipos são descritos pela sua profundidade de acometimento e se cresce para dentro da bexida ou em direção dos músculos da bexiga. Existem três tipos de tumores de bexiga:
Outros tipos de câncer podem se iniciar na bexiga, porém são mais raros, e incluem sarcomas (que se origina do músculo da bexiga) e tumores anaplásicos de pequenas células. O tumor de células transicionais são subcategorizados em
Tanto os tumores de células transicionais como os carcinomas e adenocarcinomas podem se metastatizar, isto é, se espalhar pelo organismo, caracterizando uma doença avançada. Quando o tumor cresce e invade os tecidos que envolvem a bexiga (útero e vagina na mulher e próstata no homem), é chamada de doença localmente avançada. A doença também pode se espalhar para linfonodos próximos e/ou fígado, ossos e pulmões, se denominando de metástases à distância. IncidênciaEstima-se que a cada ano são diagnosticados 57400 casos novos de câncer de bexiga, nos Estados Unidos. Também se calcula que 12500 pessoas morrerão desta doença. O tumor de bexiga é o quarto tumor mais freqüente entre os homens e o décimo entre as mulheres. No Brasil, estima-se que 3,9% dos cânceres masculinos sejam de bexiga, sendo 8600 casos novos ao ano. É 2,5 vezes mais comum no homem do que na mulher. A média etária para o seu aparecimento é de 68 anos. CausasAinda não se sabe exatamente o que causa o câncer de bexiga. Alguns fatores de riscos foram relacionados nos pacientes com este tumor. Um fator de risco é algo ou situação que eleva a chance do desenvolvimento da doença. Mesmo assim, a maioria das pessoas expostas a estes fatores de risco não desenvolvem a doença e alguns que ficam doentes, não tem nenhum dos fatores de risco identificados. Estudos científicos identificaram os seguintes fatores de risco para o câncer de bexiga: Idade: Quanto mais velho, maior a chance. Este tumor raramente ocorre antes dos 40 anos. Fumo: é o principal fator de risco. Fumantes têm 2 a 3 vezes mais chances de desenvolverem um tumor de bexiga do que não fumantes. Inclui os que usam cachimbo e charutos. Tipo de trabalho: Alguns tipos de empregos também parecem aumentar os risco devido à presença de produtos carcinógenos no local de trabalho. Trabalhadores em industrias de borracha, produtos químicos, produtos de couro, metalúrgicos, , maquinistas, pintores, área têxtil, caminhoneiros e cabeleireiros. Infecções: Infecções por parasitas aumentam o risco de tumor de bexiga. Estes parasitas são comuns em áreas tropicais. Antecedente familiar: Pessoas que tenham membros da família com tumor de bexiga têm mais riscos de ter a doença. Os pesquisadores estão estudando alterações em certos genes que podem aumentar o risco de câncer de bexiga. Antecedente pessoal de tumor de bexiga: quem já teve tumor de bexiga tem um risco de apresentar a doença novamente. Sinais de alertaSangue na urina. Dor ao urinar. Urgência ou necessidade freqüente para urinar. Estes sintomas não são sinais de certeza para câncer de bexiga. Infecções, tumores benignos, pedras na bexiga (litíase vesical) podem causar estes sintomas. Pessoas que tenham qualquer um destes sintomas deve procurar um médico para avaliação e diagnóstico. Pode ser um clínico geral ou um urologista, médico especialista em doenças do sistema urinário. Diagnóstico
Para diagnóstico do câncer de bexiga, após anamnese e exame físico, o médico poderá indicar um ou mais dos seguintes procedimentos e/ou exames laboratoriais: EstadiamentoApós o diagnóstico confirmado de câncer de bexiga, o medico necessita saber em que estágio a doença está para planejar o melhor tratamento. Estadiamento é uma pesquisa cuidadosa para ver se o câncer invadiu a parede da bexiga ou se espalhou para outras parte do corpo. Este processo inclui exames de imagem (tomografia, ressonância, ultrassom, raioX, cintilografia óssea). Estes são as principais características de cada estágio de doença: Estágio 0 - as células tumorais são encontradas somente na superfície do urotélio, camada que recobre internamente a bexiga. O médico pode chamar de câncer superficial ou carcinoma in situ. Estágio I - As células tumorais são encontradas em toda espessura do urotélio, mas não atinge a camada muscular Estágio II - Células tumorais atingem a camada muscular da bexiga Estágio III - O tumor pega toda espessura da perde da bexiga, atingindo inclusive tecido que recobrem a bexiga. Pode atingir ainda a próstata nos homens ou útero ou vagina nas mulheres. Estágio IV - Câncer se extende até a parede do abdome ou pélvis. Atinge as ínguas (linfonodos) ou outros órgãos distantes à bexiga, como pulmão. TratamentoO tratamento deve ser realizado por um profissional especializado. No caso do tumor de bexiga, um urologista e um oncologista clínico. Uma combinação de diferentes terapias incluindo cirurgia, radioterapia, quimioterapia ou terapia biológica podem ser usadas e o médico especialista é a melhor pessoa para descrever o tratamento e as opções em cada caso e discutir as expectativas dos resultados. CIRURGIA - O tipo de cirurgia depende do estágio e tipo de tumor. Ressecção transuretral: com o cistoscópio o médico remove o câncer e pode queimar a área com corrente elétrica (fulguração). Após esta cirurgia pode ainda haver necessidade de radioterapia, quimioterapia ou terapia biológica. Cistectomia radical: em casos mais avançados o tipo mais comum de cirurgia seria a retirada total da bexiga, juntamente com os linfonodos da área (ínguas), parte da uretra (canal de saída da urina) e outros órgão envolvidos (próstata, vesícula seminal e vasos deferentes nos homens e útero, ovários e trompas e parte da vagina são removidas). Após a cistectomia radical o cirurgião faz outra maneira para o doente eliminar a urina, seja por sacolas externas ao corpo, ou construindo bolsões com parte do intestino. RADIOTERAPIA - A radioterapia utiliza raios de alta energia para matar as células tumorais. É uma terapia local, afetando as células somente na área tratada. A radiação externa é o mais comumente empregado: Um grande aparelho irradia a área do tumor. É um tratamento ambulatorial, freqüentemente por 5 dias na semana durante 5 a 7 semanas. Este esquema protege células sadias e tecidos a agüentar a radiação QUIMIOTERAPIA - É o uso de medicamento ou combinações de diferentes medicamentos para matar as células tumorais. Dependendo do estádio do tumor,pode se fazer uma terapia local ou quimioterapia sistêmica. O oncologista clínico poderá discutir o tratamento mais adequado para cada paciente. TERAPIA BIOLÓGICA ou IMUNOTERAPIA - Esta terapia utiliza a habilidade natural do corpo humano (sistema imunológico) em combater o câncer. Está mais indicado após ressecção transuretral por tumor superficial. Isto ajuda o tumor a não retornar mais. A terapia biológica intravesical utilizada é com uma solução de BCG. Esta solução contém bactérias vivas e atenuadas (enfraquecidas laboratorialmente) e é injetada na bexiga e retida por 2 horas. Geralmente este tratamento é feito uma vez por semana durante 6 semanas. SobrevivênciaQuando diagnosticados em estadio inicial, a sobrevida por 5 anos chega a 94%. A taxa de sobrevida para pacientes com tumor de bexiga avançados localmente ou com metástases á distância são de 48% e 6%, respectivamente. Setenta e quatro por cento dos pacientes apresentam-se na época do diagnóstico com lesões não-músculo-invasivas, o que justifica sua baixa mortalidade (1,8% de todos os óbitos por câncer). Graças ao diagnóstico mais precoce e ao tratamento efetivo das lesões superficiais, a sobrevida dos portadores tem aumentado substancialmente nas últimas três décadas. No Brasil, estimam-se 1500 mortes ao ano, decorrentes de câncer de bexiga. Perguntas que podem ser feitas ao médico, se você tem câncerMeu câncer de bexiga é superficial, ou invade músculo? Meu câncer está em que estágio? Eu preciso de cirurgia? Quão extensa seria? Qual é o papel de quimioterapia, ou radioterapia? Durante a cirurgia vai ser injetada alguma droga dentro de minha bexiga? Vou poder controlar minha urina, depois da cirurgia? Vou poder ter atividade sexual, depois do tratamento? Se a bexiga não for removida, quantas cistoscopias deverei fazer depois, e em qual freqüência? Obrigado por me visitar. Se tiver dúvidas ou sugestões, mande uma mensagem . |
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Voltar à página principal | Última atualização: 03/05/2008 | ||
Bibliografia |