Definição e Importância dos Estudos Clínicos em Oncologia
Um estudo clínico (clinical trial, em inglês) é um estudo científico designado 
para responder importantes questões clínicas e biológicas, e é guiado por um 
protocolo, um guia escrito de condutas para o estudo. 
A pesquisa clínica é o fundamento sobre o qual praticamente todas as práticas 
médicas aceitas são baseadas. 
Os grandes avanços feitos no tratamento dos linfomas, leucemias agudas, câncer de testículo, 
e carcinoma de bexiga, e outras malignidades, foram conseguidos através do desenho e 
condução de estudos clínicos. 
Da mesma forma, no campo da oncologia, todos os tratamentos considerados como "padrão" (isto é, aceitos e utilizados comumente) 
para pacientes com câncer foram conseguidos através de estudos clínicos conduzidos por 
oncologistas, cirurgiões e radioterapeutas. 
A chance de se descobrir novas terapias contra o câncer e avançar no conhecimento atual, 
sem o uso de estudos clínicos para se estabelecer as evidências científicas é muito pouco provável. 
Estudos clínicos também não são livres de erros, e muitos estudos realizados são 
criticados, justamente porque são eles que fornecem as informações para médicos que trabalham 
com câncer definam seus tratamentos para os pacientes. Problemas podem ocorrer devido ao mau desenho do estudo, 
publicação apenas dos resultados positivos, interferência estatística de outros tratamentos
ou dados clínicos de relevância. 
Apesar das críticas, o estudo clínico é o único mecanismo para a obtenção de respostas 
a perguntas clínicas com a menor chance de erro possível. O uso de tratamentos que não tiveram 
sua eficácia estabelecida em estudos clínicos pode prejudicar o paciente seriamente, 
devido a riscos não bem estudados do tratamento, além de haver dúvida em relação à eficácia. 
Desenvolvimento de drogas e fases dos estudos clínicos
Desde o desenvolvimento de uma nova substância até que ela seja aceita como 
nova terapia contra o câncer, são necessários vários passos, para verificação de eficácia 
riscos e benefícios possíveis. De um modo esquemático, reproduzo alguns passos deste 
desenvolvimento. A cada ano várias novas drogas são propostas (cerca de 40.000) para 
o tratamento do câncer. Ao final dos estudos, apenas uma ou duas deverão ter sua eficácia 
comprovada. 
Abaixo está um mapa do desenvolvimento de drogas antineoplásicas nos Estados Unidos
(National Cancer Institute Drug Development Program): 
| Compostos avaliados por ano | 
 
 
| Procura por drogas já estudadas / duplicadas | 
 
 
Análise computadorizada:
 Estrutura única
 Probabilidade anticâncer
 Design racional | 
 
 
Screening com células humanas:
 Câncer de pulmão
 Câncer de cólon
 Câncer de mama
 Câncer de ovário
 Câncer de rim
 Câncer cerebral
 Células neoplásicas resistentes a drogas | 
 
 
Formulação: 
Drogas colocadas em fórmulas estáveis, utilizáveis clinicamente | 
 
 
Produção: 
Drogas fabricadas em grandes quantidades | 
 
 
Estudos toxicológicos: 
Efeitos colaterais | 
 
 
Aprovação do FDA 
Nova droga investigacional para avaliação em pacientes | 
 
 
FASE I 
Segurança, farmacologia, estudos de dose | 
 
 
FASE II 
Efetividade em tipos específicos de câncer | 
 
 
FASE III 
Comparação com o tratamento padrão (standard) | 
 
 
Aprovação do FDA 
Nova droga | 
 
 
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