E-Câncer - Informações sobre câncer e oncologia
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Resumos de notícias e estudos selecionados sobre câncer

Atualizações agora serão feitas no BLOG E-Câncer

28/08/2009 - Para permitir uma atualização mais dinâmica, veja as atualizações desta página agora pelo blog E-Câncer.

JAMA retira de circulação artigo chinês com indícios de fraude, sobre terapia em neoplasia de fígado

22/05/2009 - O JAMA (Journal of American Medical Association), uma das principais revistas médicas do mundo, supendeu um artigo publicado em 2008 por Bao-quan Cheng, pesquisador da Shandong University in Jinan, China, que avaliava a combinação de dois procedimentos - quimioembolização e radiofrequencia - para tratamento de carcinoma hepatocelular com tamanhos maiores que 3 centímetros.
Foram encontrados indícios de fraude, já que o projeto do estudo não havia sido previamente avaliado pelo comitê de ética da instituição onde foi conduzido. Além disso, após investigação formal que durou aproximadamente um ano, mostrou-se que o estudo não era prospectivo randomizado, como havia sido relatado na publicação.
Dessa forma, todas as conclusões desse artigo devem ser anuladas. Especialistas na área dizem que o JAMA deveria assumir parcialmente a culpa por ter publicado um artigo fraudulento, e por ter demorado um ano para declarar o erro. Muitos médicos no mundo podem ter mudado suas condutas devido aos resultados publicados inicialmente, fato que pode ter prejudicado pacientes gravemente. Para ver a fonte, em inglês clique aqui.

ANVISA suspende propaganda do medicamento Avastin

06/05/2009 - A ANVISA suspendeu material publicitário produzido pela empresa Roche, que divulgava seu medicamento Avastin, para o tratamento de câncer de pulmão. Segue a seguir na íntegra a nota divulgada pela agência:
"Está suspenso, em todo o país, o material promocional intitulado “Simpósio Satélite Roche – Esmo 2008” que divulga o medicamento Avastin (Benvacizumabe), da empresa Roche Químicos e Farmacêuticos S/A. Também estão proibidas as demais peças publicitárias que promovem a indicação do produto para “câncer de pulmão não pequenas células não escamoso". A respectiva indicação terapêutica não consta do registro do medicamento na Anvisa.
As propagandas veiculadas continham referências bibliográficas incompletas, tabelas, gráficos e outras informações distorcidas, fragmentadas, que não condizem com os estudos científicos publicados.
O medicamento Avastin está registrado na Anvisa para tratamento de “carcinoma metastático do cólon ou do reto”.

Para ver a fonte, clique aqui.

Quimioterapia mais eficaz que cirurgia abdominal radical em pacientes com câncer de testículo

01/07/2008 - O câncer de testículo é um dos tipos de neoplasias com maior chance de cura, mesmo em estágios mais avançados. Por isso, muitos pesquisadores têm avaliado formas menos tóxicas de tratamento, com intenção de melhorar a qualidade de vida dos sobreviventes (que chega a 90% do total de pacientes).
Durante muitos anos, pacientes com um tipo de câncer de testículo chamado não-seminoma, em estágio I (o mais inicial), poderiam ser tratados com cirurgia ou com quimioterapia. Os médicos não sabiam qual tratamento era mais eficaz. As recomendações variavam dependendo da experiência do médico consultado.
No dia 20 de junho de 2008 foi publicado artigo que ajuda a resolver esta questão. Pesquisadores alemães avaliaram 382 pacientes com câncer de testículo, e os dividiram em dois grupos, de forma aleatória. Pacientes de um dos grupos, depois da retirada do testículo doente, foram submetidos a um ciclo de quimioterapia. Participantes do outro grupo, também após a retirada do testículo doente, eram submetidos a outra cirurgia, para a retirada de gânglios (ou linfonodos) abdominais.
Os resultados do estudo mostraram que menos de 1% dos pacientes (exatamente 0,54%) submetidos à quimioterapia apresentaram recorrência da doença, contra 8% dos pacientes tratados com a cirurgia.
Desta maneira, os autores concluem que hoje o tratamento padrão para pacientes com tumor de testículo não-seminoma, estágio I, é a aplicação de um único ciclo de quimioterapia.
Este procedimento poupa pacientes de um grande procedimento cirúrgico, com grandes riscos e vários efeitos colaterais permanentes. Para ver um resumo do artigo original, em inglês, clique aqui.

Talidomida associada à quimioterapia está indicada como primeira opção para pacientes com mieloma múltiplo

27/05/2008 - A talidomida já foi uma droga muito temida, e quase banida da prática clínica, principalmente por causa dos terríveis efeitos teratogênicos vistos após uso por mulheres grávidas, nos anos 70.
Utilizada até recentemente apenas no tratamento da hanseníase, novos estudos trazem boas notícias para pacientes portadores de mieloma múltiplo - um tipo de câncer com origem na medula óssea, e que se caracteriza pela presença de plasmócitos doentes.
Recente estudo publicado na revista Journal of Clinical Oncology, na edição de 01 de maio, mostrou resultados de avaliação comparativa entre dois grupos de pacientes portadores de mieloma múltiplo, com características semelhantes, e separados entre si aleatoriamente. Um dos grupos recebeu dexametasona, e outro grupo recebeu dexametasona associada à talidomida. Os resultados foram muito animadores.
Metade do grupo que recebeu apenas dexametasona apresentou progressão da doença aós cerca de 6 meses, enquanto que no grupo que recebeu talidomida associada à dexametasona 50% dos pacientes estavam com a doença controlada até 22 meses após o início do tratamento. No entanto, os efeitos colaterais graves também foram mais freqüentes no grupo que recebeu os dois remédios juntos (30%, contra 23% no grupo que recebeu apenas a dexametasona).
De qualquer maneira, pelos benefícios demonstrados a talidomida já deve ser indicada rotineiramente para os pacientes que estejam iniciando o tratamento do mieloma, a não ser que haja alguma contra-indicação médica.
Para ver um resumo do artigo original, em inglês, clique aqui.

Quimioterapia é superior à linfadenectomia retroperitoneal em pacientes com tumores de testículo em estágio inicial

09/05/2008 - Pacientes com um tipo específico de tumor de testículo - chamado não-seminoma - freqüentemente são submetidos a cirurgia para retirada de linfonodos (ou gânglios) abdominais, após a retirada do testículo doente, mesmo com a doença aparentemente localizada.
Esta cirurgia era indicada para aumentar a chance de cura, evitar que a doença voltasse a se manifestar nestes linfonodos. Mas esse procedimento é muito agressivo, com uma cirurgia radical que prejudica muitas vezes a qualidade de vida a longo prazo. Esta cirurgia pode causar impotência sexual, dores crônicas e outros problemas neurológicos.
Pois pesquisadores alemães tentaram avaliar uma alternativa. Entre 1996 e 2005, selecionaram 382 pacientes portadores de neoplasia de testículo (não-seminoma), com doença confinada ao testículo - estágio clínico I. Os pacientes foram separados aleatoriamente em dois grupos. Um deles foi tratado com a cirurgia radical. E o outro grupo recebeu 1 ciclo de quimioterapia, com os medicamentos cisplatina, etoposídeo e bleomicina.
Os resultados, publicados na edição de 5 de maio da revista Journal of Clinical Oncology, mostrou que do grupo que recebeu quimioterapia, após 2 anos 99,5% estavam sem doença. E do grupo tratado com cirurgia 91,9% estavam na mesma situação.
Isto significa um aumento na taxa de "cura" de quase 8%, para os tratados com quimioterapia. Ainda é necessário um tempo mais longo de seguimento para conclusões mais concretas. No entanto, pela baixa toxicidade envolvida em apenas um ciclo de quimioterapia, este deverá ser o tratamento de escolha de grande parte dos médicos, a partir de agora.
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Bloqueio hormonal em homens com câncer de próstata com elevação do PSA após cirurgia não traz benefícios a todos os pacientes

30/04/2008 - O bloqueio hormonal é a principal terapia sistêmica para homens com câncer de próstata, com melhores resultados em relação a tempo de controle de doença emesmo efeitos colaterais.
Muitas vezes a supressão androgênica (que é a suspensão da produção de testosterona pelo paciente) é utilizada como coadjuvante a tratamentos locais, para diminuir o risco de recorrência da doença. Esta estratégia é muito utilizada após a radioterapia, em pacientes com alto risco.
Após a cirurgia para retirada da próstata (prostatectomia), normalmente a dosagem do PSA no soro dos pacientes é indetectável. Valores acima de 0,2 ng/ml indicam que provavelmente há recorrência da doença. Quando outros exames não detectam a presença de metástases à distância, esta condição é chamada de recidiva bioquímica. Assim, para pacientes com elevação do PSA após a cirurgia, o bloqueio hormonal tem sido indicado, porém sem se saber exatamente qual o real benefício aos pacientes.
Pois bem, esta estratégia mostrou-se ineficaz em um estudo conduzido por pesquisadores americanos e recentemente publicado na revista Journal of Urology, uma das mais conceituadas do mundo, em urologia.
Os pesquisadores estudaram um grupo de 1352 pacientes com elevação do PSA após a cirurgia, e diviriram-nos em dois grupos, aleatoriamente. Um grupo iniciou o tratamento hormonal imediatamente, e o outro não recebeu tratamento nenhum inicialmente (o bloqueio hormonal foi indicado apenas se os pacientes desenvolvessem metástases em outros órgãos).
Os resultados da pesquisa mostraram que não houve diferença no tempo para desenvolvimento de metástases entre os grupos. Também não houve diferença no tempo de vida dos pacientes. Apenas um subgrupo de homens com elevação muito rápida do PSA ou com um tipo agressivo do câncer (Gleason 8 ou mais na biópsia) pode ter algum benefício, que deve ser melhor avaliado em novos estudos.
Desta maneira, no momento não há indicação do uso de bloqueio hormonal em todos os pacientes com recidiva bioquímica (elevação do PSA sem metástases à distância).
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Reposição hormonal em mulheres após menopausa aumenta risco de recidiva de câncer de mama

24/04/2008 - Mulheres na menopausa apresentam sintomas diversos que influenciam na qualidade de vida. As principais queixas são relacionadas a ondas de calor, labilidade emocional, queda da libido, ressecamento da mucosa vaginal, entre outras. Nas décadas de 80 e 90 foi muito difundida a idéia de se fazer a reposição hormonal nestas mulheres. Os estudos da época demonstraram diminuição dos sintomas, além de diminuição do risco de osteoporose, nas pacientes que receberam a reposição. No entanto, estudos subseqüentes demonstraram que a terapia está também associada a riscos.
Nos últimos anos foram publicados estudos mostrando que mulheres que se submeteram à reposição hormonal apresentaram maior incidência de eventos cardíacos, aumentando a mortalidade de quem recebia o tratamento. Hoje a recomendação de reposição hormonal é controversa, e as dúvidas e os riscos do tratamento devem ser expostos às mulheres antes de se iniciar o tratamento.
Pesquisadores na Suécia estudaram a reposição hormonal especificamente em mulheres que tiveram câncer de mama, previamente tratadas com cirurgia, com ou sem quimioterapia e radioterapia após. Uma seleção de 447 pacientes foi dividida em dois grupos: um recebeu a reposição hormonal, e outro não.
Os resultados desta pesquisa, publicada no Journal of the National Cancer Institute no dia 2 de abril, mostram que as mulheres que receberam a reposição hormonal apresentaram risco 2,4 vezes maior de desenvolverem um novo câncer de mama.
Estes resultados fazem haver a contra-indicação formal do uso de reposição hormonal em pacientes que tiveram câncer de mama - mesmo as já curadas.
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Quimioterapia com menos efeitos colaterais para câncer de estômago

11/04/2008 - Um dos grandes problemas associados ao tratamento do câncer são os efeitos colaterais inerentes à quimioterapia e radioterapia. Pacientes com câncer de estômago avançado são tratados com quimioterapia, na grande maioria das vezes. E queda de cabelo, náusea, vômitos e fadiga são as queixas mais comuns dos pacientes que recebem este tratamento.
Mas pesquisadores na Alemanha tentaram diminuir os efeitos colaterais da quimioterapia habitual, mantendo a eficácia. Eles avaliaram um esquema de tratamento trocando um dos medicamentos mais efetivos (a cisplatina) por outro análogo, menos tóxico (a oxaliplatina), e publicaram seu estudo no Journal of Clinical Oncology, de 20 de março de 2008. O risco era que o novo esquema fosse menos eficaz que o padrão.
O estudo foi feito análise de 220 pacientes com câncer gástrico avançado no total, divididos aleatoriamente em dois grupos, um recebendo cisplatina, leucovorin e fluorouracil, e outro recebendo oxaliplatina, leucovorin e fluorouracil.
O grupo de pacientes que recebeu o novo medicamento apresentou menos efeitos colaterais de forma significativa. Houve menos anemia, náusea, vômitos, queda de cabelo, fraqueza nos pacientes que receberam a quimioterapia contendo a oxaliplatina. O número de problemas sérios associados ao tratamento caiu de 19%, no grupo padrão, para 9%, com a nova droga.
E mais importante, a nova droga apresentou melhores resultados, principalmente em pacientes idosos, quanto à redução do volume tumoral, controle da doença e tempo total de vida. É um pequeno passo, mas que traz esperança na preservação da qualidade de vida dos pacientes.
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Divulgados os vencedores do Prêmio Inca e Fundação Ary Frauzino de Jornalismo

11/04/2008 - Em cerimônia realizada no dia 8 de abril, na sede da Academia Nacional de Medicina, foram divulgados as que foram consideradas as melhores reportagens sobre câncer em 2007. Dois foram os premiados.
Um foi o jornalista Jorge Sassine, do jornal O Popular, de Goiás, com "Pesquisa revela mutações em vítimas do césio". O jornalista relatou como o acidente ocorrido em 1987 com a manipulação do Césio 137 ainda reflete em Goiânia.
Outra premiada foi a jornalista Cristiane Segatto, repórter especial da revista Época, com a reportagem "Eles sobreviveram ao câncer", que descreve a experiência de pessoas que lutam contra a doença e apresentam vida normal ou próxima ao normal.

Eritropoietina pode não ser segura para pacientes com câncer

07/04/2008 - Pacientes com câncer freqüentemente apresentam anemia, em algum momento do seu tratamento ou da evolução da doença, e têm como conseqüência sintomas comuns como cansaço, falta de ar, indisposição e inapetência.
Com a intenção de se evitar transfusões de sangue periódicas, a eritropoietina sintética foi desenvolvida para combater anemia. Vários estudos foram publicados demonstrando a eficácia da eritropoietina na melhora da qualidade de vida dos pacientes.
No entanto, estudo publicado na edição de fevereiro de 2008 da revista Journal of the American Medical Association questiona a segurança do medicamento. A publicação feita por pesquisadores de Chicago, nos Estados Unidos, avalia dados publicados em aproximadamente 15 anos, em 51 estudos clínicos com mais de 13 mil pacientes. Os pesquisadores encontraram um aumento de aproximadamente 10% na mortalidade nos pacientes que receberam o tratamento com eritropoietina, em comparação aos que não receberam. Os resultados foram associados principalmente com um aumento do risco de trombose venosa nos pacientes tratados.
Muitos médicos questionam os resultados, argumentando que muitos pacientes incluídos nos estudos não apresentavam anemia, e receberam o medicamento de forma profilática, sendo esta sim uma forma perigosa de utilizar o medicamento. Órgãos governamentais americanos avaliaram os dados, e mantiveram a indicação do uso do medicamento em pacientes com anemia.
De qualquer forma, é importante avaliação criteriosa da indicação da eritropoietina, considerando potenciais riscos e benefícios para cada paciente, individualmente. Cuidado maior deve ser tomado com pacientes com neoplasias de mama, de boca ou garganta, que potencialmente podem ter seu crescimento estimulado com o uso da eritropoietina.
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Estudo demonstra superioridade de aplicações semanais de quimioterapia, em relação a cada 21 dias, em pacientes com câncer de mama metastático

02/04/2008 - Pacientes com câncer de mama que apresentam metástases em outros órgãos são tratadas com hormonioterapia ou quimioterapia. Um dos principais medicamentos quimioterápicos neste contexto é o paclitaxel, uma droga de aplicação endovenosa, que está aprovado no Brasil desde a década de 90. Existem várias maneiras de se fazer a aplicação do paclitaxel nas pacientes com câncer de mama. A mais comum é a cada 21 dias. A paciente assim recebe o medicamento em infusão endovenosa de 3 horas, e depois de três semanas volta para repetir a aplicação após avaliação médica.
Pesquisadores do Memorial Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova Iorque, estudaram uma maneira diferente de aplicar o medicamento. Utilizaram uma dose menor, porém com aplicações a cada sete dias. Isto é, toda a semana as pacientes receberiam a infusão do paclitaxel, que neste caso durava uma hora.
O estudo comparando as diferentes formas de aplicação foi publicado em artigo científico no Journal of Clinical Oncology, na edição de 01 de abril de 2008. O estudo clínico foi desenhado avaliando 577 pacientes, que foram aleatoriamente distribuidas em dois grupos, para receber as infusões a cada 21 dias, ou semanais.
Os autores mostraram em seus resultados que o grupo de pacientes que recebeu as aplicações semanalmente apresentou maior chance de redução do volume tumoral, e maior tempo total de vida do que o grupo que recebeu aplicações a cada 3 semanas.
Os resultados deste estudo fazem com que haja a recomendação de que os médicos na sua prática clínica passem a prescrever o paclitaxel numa dose menor, mas semanalmente, nas suas pacientes com câncer de mama.
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Terapias de relaxamento podem diminuir ondas de calor em pacientes com câncer de mama

28/03/2008 - Aproximadamente 50% das mulheres em geral sofrem de ondas de calor, durante o início da menopausa. Nas mulheres que tiveram câncer de mama a incidência das ondas de calor podem chegar até a 70%. De modo geral, a reposição hormonal está contraindicada para estas mulheres, e poucas opções restam para o controle dos sintomas.
Vários medicamentos naturais e homeopáticos foram estudados, e a maioria promove nenhum alívio dos sintomas, comparados a placebo.
Estudo publicado na edição de abril de 2008 da revista Journal of Pain Symptom Management descreve resultados de estudo clínico feito com 150 mulheres portadoras de câncer de mama na Inglaterra, que sofriam com ondas de calor. Estas mulheres foram divididas aleatoriamente em dois grupos. Um grupo recebeu treinamento sobre técnicas de relaxamento corporal, além de orientações sobre utilização das técnicas diariamente, em casa, por um mês. O outro grupo serviu como controle.
Os resultados mostraram uma diminuição importante da incidência e da severidade das ondas de calor nas pacientes tratadas, após um mês de seguimento.
Apesar de ser um estudo com resultados num curto espaço de tempo, há expectativas de que a utilização de medicamentos associados a técnicas de relaxamento podem ajdar a melhorar a qualidade de vida das pacientes com câncer de mama.
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Disponível no Brasil novo medicamento contra o câncer de mama em estágio avançado

13/03/2008 - Está disponível no mercado brasileiro novo medicamento, que auxilia no controle do câncer de mama com metástases em outros órgãos.
O governo brasileiro já havia autorizado a comercialização deste medicamento em 2007, porém somente agora há a disponibilização na prática. A medicação promete dar esperança a pacientes com câncer de mama que não respondem mais aos tratamentos convencionais.
O Tykerb (ditosilato de lapatinibe) é um comprimido que age em um tipo muito especifico de câncer de mama: aquele com presença da proteína HER2, que age como um verdadeiro “combustível” para o tumor. Esse tipo de tumor corresponde a algo entre 20% e 30% de todos os casos de câncer de mama e atinge principalmente pessoas jovens.
A grande dificuldade hoje é o custo do medicamento. O custo mensal da droga chegará a aproximadamente R$ 8.000,00 - muito alto para o padrão nacional.
Pesquisas à parte, por enquanto, a melhor arma contra o câncer de mama continua sendo o diagnóstico precoce.

Estudo comprova atividade de quimioterapia oral concomitante à radioterapia, em pacientes com câncer de reto

06/03/2008 - Pacientes com câncer do reto (a parte final do intestino grosso) freqüentemente necessitam tratamento com quimioterapia e radioterapia, antes da retirada cirúrgica do tumor. A quimioterapia utilizada nestes casos é baseada no 5-fluorouracil, medicamento aplicado de maneira intravenosa, por vários dias durante o período de radioterapia.
O UFT é um medicamento semelhante ao 5-fluorouracil, porém administrado por via oral, em forma de comprimidos.
Estudo publicado recentemente, na revista oficial da Sociedade Americana de Radioterapia, comparou a utilização do UFT com a do 5-fluorouracil em pacientes recebendo radioterapia pré-operatória, para neoplasia de reto.
Foram selecionados 155 pacientes, aleatoriamente distribuidos para receber um ou outro mediamento. Os resultados mostraram-se semelhantes quanto ao grau de diminuição da lesão e ao risco de recorrência, em 3 anos. Os pacientes que receberam UFT apresentaram menos efeitos colaterais do que os que receberam 5-fluorouracil.
A vantagem do UFT é sua praticidade e conveniência. Os pacientes não precisam receber as incômodas picadas para receber o tratamento. Mas a principal desvantagem é o custo, que é maior do que o do 5-fluorouracil.
Cabe ser ressaltado que o tempo de seguimento dos pacientes é curto, ainda. E que seria interessante um estudo com mais pacientes, para se ter a certeza absoluta da equivalência entre os medicamentos.
Considero fundamental que, além de serem buscadas novas terapias que aumentem a chance de cura, haja foco também na qualidade de vida dos pacientes em tratamento. Seria ótimo se os tratamentos de hoje pudessem ser menos tóxicos, não é?
Para verem um resumo do artigo (em inglês), sigam o link.
 

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