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CÂNCER DE OVÁRIO
Os ovários são os órgãos reprodutivos femininos. Localizam-se na pelve da mulher, junto do útero e das tubas uterinas. São nos ovários que estão armazenados os óvulos, que são libertados a cada ciclo menstrual. Os tumores ovarianos são classificados da seguinte forma, dependendo da célula que deu origem ao câncer:
Incidência e mortalidadeOs dados divulgados pelo INCA não nos permitem saber a exata situação da epidemiologia do câncer de ovário. O INCA coloca as neoplasias malignas de ovário entre as de baixa incidência, ficando abaixo do 11º lugar em incidência nas mulheres. Estima-se que no Brasil, corresponde a cerca de 2 a 3% dos cânceres femininos. A mortalidade decorrente desta neoplasia é alta. Apesar de não ser um tipo de neoplasia feminina comum, o câncer de ovário é uma das principais causas de morte, dentre os tumores ginecológicos. Fatores de riscoConsidera-se que aproximadamente 10% dos tumores epiteliais de ovário tenham caráter hereditário. A mutação nos genes supressores tumorais BRCA1 e BRCA2 é a causa genética mais conhecida hoje. Além dessas mutações específicas, os fatores de risco mais conhecidos hoje são:
Sinais de alertaO diagnóstico do câncer de ovário raramente se dá nos estágios iniciais. Isto porque esta doença geralmente é silenciosa, e não causa sintomas quando no seu princípio. Sinais e sintomas como dor, aumento do volume abdominal, sensação de 'pressão' na pelve, emagrecimento e mais raramente sangramento vaginal anormal podem indicar a presença de doença avançada. Estes sintomas podem ser causados pelo câncer de ovário ou inúmeras outras doenças. É importante o controle desses sinais com um ginecologista, ou clínico geral. Diagnóstico precoceComo em outros tumores, é dificultado pela ocorrência já tardia dos sintomas. Nas melhores séries, apenas 30% são descobertos em fase inicial (estágios I e II). É recomendado exame ginecológico periódico, anual para mulheres com mais de 40 anos. Para mulheres com risco mais alto pode ser recomendado ultra-som pélvico, de preferência transvaginal. Exames hematológicos em geral não são muito úteis, a não ser a dosagem do marcador tumoral (antígeno CA125), em mulheres com suspeita. É importante saber, noentanto, que mesmo doenças benignas podem causar elevação do CA125. Como se espalhaO câncer de ovário se espalha precocemente, por adesão das células malignas na cavidade abdominal (peritôneo). Podem aí crescer na superfície do fígado, na gordura que envolve o estômago e os intestinos (omento), nos intestinos, na bexiga e no diafragma. Isso pode às vezes causar diminuição da drenagem de líquidos da cavidade abdominal, causando um acúmulo desse líquido, o que é conhecido como ascite. O câncer de ovário também pode se espalhar para linfonodos pélvicos e peri-aórticos. EstadiamentoCom o diagnóstico de câncer firmado, é necessário avaliar em que estágio se encontra a doença. O estadiamento é feito para ver se o câncer se espalhou, e se isto ocorreu, para onde. Saber do estádio da doença ajuda o planejamento do tratamento. Alguns exames utilizados para estadiamento incluem:
TratamentoO tratamento depende de vários fatores incluindo o tipo de tumor, a extensão da doença e o estado geral da paciente. Aqui são citados os tratamentos mais comuns no tratamento dos tumores epiteliais. Cirurgia: É a principal modalidade cirúrgica, mesmo em estágios mais avançados. Apenas quando há metástases em outros órgãos distantes a cirurgia pode ser discutível. A cirurgia radical, com retirada dos ovários, tubas uterinas, útero e estruturas periféricas é a mais recomendada. Deve envolver a retirada do maior volume tumoral possível. Quimioterapia: é o uso de medicamentos para matar as células tumorais. Mesmo se o tumor foi completamente removido, algumas células tumorais podem ter permanecido em áreas próximas ou mesmo já terem caído na circulação sanguínea. A quimioterapia também pode ser usada para controlar o crescimento do tumor ou para aliviar os sintomas. Às vezes a quimioterapia pode ser utilizada para diminuição do tamanho do tumor, para posterior remoção cirúrgica.
SobrevivênciaPara doença localizada, a chance da paciente estar viva após cinco anos do diagnóstico chega a 90%. Entretanto, o mais comum é a doença disseminada, em que a sobrevida em cinco anos varia de 49% (localmente avançada) a 23% (com metástases distantes). Perguntas que podem ser feitas ao médico
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Voltar à página principal | Última atualização: 28/08/2009 | ||
Bibliografia |