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CÂNCER DE PULMÃO
Os pulmões são duas estruturas parecidas com esponjas que fazem parte do sistema respiratório. Quando inspiramos o ar, os pulmões absorvem o oxigênio existente nele. O oxigênio é necessário para o funcionamento de todas as células do nosso corpo. Quando expiramos, os pulmões eliminam para o ar o gás carbônico (dióxido de carbono) que é o resultado da "queima" do oxigênio pelas células. Os cânceres que se originam nos pulmões são divididos em dois grupos principais:
Incidência e mortalidadeA mortalidade por câncer de pulmão entre 1979 e 2000, demonstra que as taxas apresentaram um aumento de 57% entre os homens, que passou de 7,73/100.000 para 12,13/100.000 e de 134% entre mulheres, tendo passado de 2,33/100.000 para 5,33/100.000. O número de casos novos de câncer de pulmão estimados para o Brasil no ano de 2008, é de 17.810 entre homens e de 9.460 nas mulheres. Estes valores correspondem a um risco estimado de 19 casos novos a cada 100 mil homens e 10 para cada 100 mil mulheres. O câncer de pulmão continua a ser o câncer mais frequente no mundo (12,3% de todos os casos novos de câncer) e também é a causa de morte por câncer mais freqüente (Ferlay, 1998; Pisani, 1999 e Parkin, 2001). No Brasil, o câncer de pulmão é a primeira causa de morte por câncer em homens e a segunda em mulheres. Apesar da alta efetividade da prevenção primária, através da prevenção e do controle do tabagismo, a sua incidência também permanece elevada. O Ministério da Saúde, por intermédio do INCA, dentre as ações voltadas para vigilância de fatores de risco de câncer, desenvolveu em 2001 um inquérito sobre tabagismo no município do Rio de Janeiro, onde foi observada uma prevalência de fumantes de cerca de 23%. Neste inquérito, a idade média de iniciação foi mais precoce em mulheres, o que enfatiza a importância de reforçar ações de combate ao tabagismo, principalmente entre mulheres e jovens. Fatores de riscoOs pesquisadores descobriram várias causas de câncer de pulmão, a maioria relacionada ao uso de tabaco.
Sinais de alertaAlguns sintomas e sinais de câncer de pulmão incluem:
Estes sintomas podem ser causados por câncer de pulmão ou outras doenças. É importante o controle desses sinais com um pneumologista, ou clínico geral. Diagnóstico precoceÉ dificultado pela ocorrência já tardia dos sintomas. Apenas 20% são descobertos em fase inicial. Para fumantes, é recomendada a realização de uma radiografia de tórax por ano, como controle. Na ocorrência de algum sintoma suspeito, o médico avalia os antecedentes pessoais do paciente, histórico do fumo, exposição ambiental e ocupacional e antecedentes familiares de câncer. Com o exame físico e uma radiografia dos pulmões se houver suspeita de câncer, o médico poderá pedir citologia de escarro. Porém para confirmar o diagnóstico é necessário uma biópsia, isto é, a retirada de uma amostra da lesão suspeita para exame microscópico. Existem vários procedimentos possíveis para obter a amostra, e a decisão vai depender de cada caso:
Como se espalhaApesar do câncer de pulmão poder se espalhar para qualquer área do corpo, os locais mais comuns de metástases são para o próprio pulmão, ossos, cérebro, fígado e as supra-renais. As metástases podem causar dificuldades respiratórias, dores ósseas, dores abdominais, dores de cabeça, fraqueza e/ou confusão mental. EstadiamentoCom o diagnóstico de câncer firmado, é necessário avaliar em que estágio se encontra a doença. O Estadiamento é feito para ver se o câncer se espalhou, e se isto ocorreu, para onde. Saber do estádio da doença ajuda o planejamento do tratamento. Alguns exames utilizados para estadiamento incluem:
Estágio 0: É o câncer localizado chamado de câncer in situ, limitado à camada mais superficial que recobre as vias aéreas. Estágio IA: Um tumor com menos de 3 cm sem comprometimento de linfonodos regionais ou outros órgãos. Estágio IB: Um tumor maior que 3 cm. Não há comprometimento de linfonodos regionais ou outros órgãos. Estágio IIA: O câncer infiltrou linfonodos do mesmo lado do tumor primário, mas não atingiu I centro do tórax e nem outros órgãos. Estágio IIB: Um tumor com mais de 3 cm que infiltrou linfonodos hilares (centrias) do mesmo lado do tumor.ou um tumor que invade a parede do tórax, diafragma ou outros locais do tórax sem comprometer linfonodos ou outros órgãos distantes. Estágio IIIA: Tumor de qualquer tamanho que atinge os linfonodos mediastinais do mesmo lado mas não outros órgãso distantes. Estágio IIIB: Qualquer tamanho de tumor que infiltrou extensamente os linfonodos, mas não atingiu outros órgãos ou tumor que invadiu mediastino, coração, grandes vasos, traquéia, esôfago, espinha dorsal ou desenvolveu novos nódulos na mesma região do tumor ou derrame pleural (liquido recobrindo os pulmões) com células tumorais, mas sem metástases mais distantes. Pacientes que tenham derrame pleural com células tumorais são tratadas como tendo doença no estágio IV. Estadio IV: Qualquer tumor que tenha atingido órgãos distantes. Classificação - carcinoma de pequenas célulasA grande maioria dos pacientes com câncer de pequenas células apresenta metástases ao diagnóstico e poucos são submetidos á cirurgia, sendo que a maioria recebe tratamento quimioterápico. Um estadiamento separado para o câncer de pequenas células identifica os pacientes que serão tratados com radioterapia em adição à quimioterapia. O câncer de pequenas células do pulmão é classificado como:
TratamentoO tratamento depende de vários fatores incluindo o tipo de tumor, o tamanho a localização, a extensão do tumor e o estado geral do paciente. Muitos tratamento diferentes e combinações de tratamento podem ser usados para o controle do câncer de pulmão e/ou aumentar a qualidade de vida com a redução dos sintomas. Cirurgia: é a operação para remoção do tumor. O tipo de cirurgia depende da localização do tumor no pulmão. Alguns tumores são inoperáveis devido ao tamanho ou localização e alguns pacientes podem não ter condições físicas de suportar uma cirurgia de grande porte.
Quimioterapia: é o uso de medicamentos para matar as células tumorais. Mesmo se o tumor foi retirado dos pulmões, algumas células tumorais podem ter permanecido em áreas próximas ou mesmo já terem caído na circulação sanguínea. A quimioterapia também pode ser usada para controlar o crescimento do tumor ou para aliviar os sintomas. A grande maioria dos medicamentos são administrados por injeções mas existem medicações dadas por via oral. Radioterapia: envolve o uso de raios de alta energia para matar as células tumorais. A Radioterapia é direcionada para uma área limitada e afeta as células tumorais somente desta área. A radioterapia pode ser realizada antes da cirurgia para tentar reduzir o tamanho do tumor, ou após, para destruir alguma célula tumoral que eventualmente permaneceu na área. Muitas vezes a radioterapia é combinada com a quimioterapia sem cirurgia como tratamento principal contra o câncer de pulmão. A radioterapia pode ser usada para diminuir sintomas como falta de fôlego. SobrevivênciaCerca de 15% dos pacientes sobrevivem mais de 5 anos após o diagnóstico. Essa taxa aumenta para até 80% quando a doença é descoberta ainda localizada. Obrigado por me visitar. Se tiver dúvidas ou sugestões, mande uma mensagem . |
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Voltar à página principal | Última atualização: 28/08/2009 | ||
Bibliografia |