|
RETINOBLASTOMAAutor: Andre Deeke Sasse
O que é?Retinoblastoma é um tumor de crianças jovens, muitas vezes bebês. A idade média do diagnóstico é de 11 meses em tumores bilaterais e 23 meses naqueles com tumores unilaterais. Por volta de 30% dos pacientes têm envolvimento bilateral e essa predisposição é de caráter genético. Nos doentes com doença unilateral, esta predisposição hereditária é de 20%. PatologiaO retinoblastoma geralmente se desenvolve na região posterior da retina. Pode aparecer como um tumor único, mas tipicamente tem múltiplos focos. O tumor pode crescer em várias direções e extensões, envolvendo o nervo óptico e o sistema nervoso central. Raramente estes tumores se encontram avançados (com metástases) ao diagnóstico, e sempre se tenta a preservação da visão. O estadiamento do retinoblastoma é feito avaliando a extensão da doença dentro do olho. Sintomas
O principal sinal para o diagnóstico é a leucocoria, um reflexo branco amarelado na pupila causado pelo tumor localizado atrás das lentes (córnea e cristalino), conhecido mais popularmente como "olho de gato". DiagnósticoO achado de leucocoria deve ser seguido de um exame de fundo de olho cuidadoso, o qual pode necessitar de anestesia nas crianças. Tomografia das órbitas oculares deve ser realizada para avaliar a extensão do tumor e avaliar se o nervo óptico e estruturas ósseas estão envolvidas na doença. A ressonância nuclear magnética tem valor ainda maior na avaliação da invasão no nervo óptico. A maioria dos retinoblastomas intraoculares mostra evidência de calcificação. A ultrassonografia pode ajudar na diferenciação com outros diagnósticos que levam à leucocoria como descolamento de retina, vitreus hiperplásico primário persistente, endoftalmite por larva migrans ou bacteriana, catarata, coloboma de coróide e retinopatia da prematuridade. Tratamento
O tratamento padrão para a doença unilateral é a enucleação, ou retirada completa do globo ocular acometido, apesar de outras medidas como a crioterapia e a irradiação externa poderem ser mais apropriadas no caso de lesão única ou lesões múltiplas pequenas. Se o tumor for pequeno de maneira em que o paciente ainda apresente boa visão, dá- se preferência para a irradiação. Porém na doença unilateral, tumores tão pequenos são raros. PrognósticoA taxa de sobrevida em 5 anos ultrapassa 90%, porém a sobrevivência pela terceira e quarta década de vida cai bastante devido ao aparecimento de segunda malignidade. Cura total não é freqüente nos pacientes com doença orbital maciça ou envolvimento extenso do nervo óptico ao diagnóstico, devido à maior chance da doença ter atingido cérebro e de metástases à distância (em ossos). A quimioterapia associado à radioterapia em tumores com invasão microscópica em tecidos que rodeiam o globo ocular e o nervo óptico, aumentam a sobrevida desses pacientes. Obrigado por me visitar. Se tiver dúvidas ou sugestões, mande uma mensagem . |
|
Voltar à página principal | Última atualização: 02/07/2009 | ||
Bibliografia |