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TUMOR DE WILMSAutora: Emma Chen Sasse
EpidemiologiaO tumor de Wilms é o principal tumor renal na infância e ocorre em mesma freqüência entre os sexos e em todas as raças. Uma característica importante é este tumor estar associado a malformações congênitas, sendo as mais comuns as relacionadas ao trato genito-urinário, além da hemihipertrofia (um lado do corpo, direito ou esquerdo, cresce mais que a outra) e a aniridia (ausência da íris). Alterações genéticas já foram bem documentadas relacionadas ao aparecimento do tumor de Wilms. PatologiaO tumor de Wilms pode atingir qualquer parte de ambos os rins, mas geralmente é um tumor solitário.
A olho nu, parece ser bem delimitado e é comumente escapsulado. Pode haver pequenas áreas com hemorragias.
Em sua constituição, pode ser avaliado seu tipo histológico, importante para o tratamento e prognóstico.
O tumor geralmente distorce os contornos renais e freqüentemente comprime o tecido renal que resta formando como uma fina membrana que envolve o tumor. SintomasA idade média de diagnóstico nos tumores que atingem um dos rins é de 3 anos de idade. O sinal mais freqüente é uma massa no flanco ou abdome, lisa e firme, não dolorosa. Essas massas são descobertas principalmente pelos pais (é comum os pais acharem durante o banho ou troca de fralda) ou pelo pediatra em consultas de rotina. Em 50% das crianças afetadas pode ocorrer dor abdominal, com ou sem vômitos. Pressão alta pode ocorrer em 60% dos doentes e ser severa e prolongada o suficiente para provocar problemas cardíacos. DiagnósticoA presença do Tumor de Wilms deve ser suspeitada em qualquer criança pequena que apresente uma massa abdominal. Em 10-25% dos casos, sangue na urina é um indicativo de tumor. O ultrassom serve para avaliar a real localização do tumor, seu tamanho e a infiltração do rim e outras estruturas. O mais importante diagnóstico a ser diferenciado é com o neuroblastoma, mas também com hidronefrose, cisto renal e outros tipos de cânceres renais. Geralmente uma tomografia computadorizada de abdome demonstra esta diferença, além de ajudar a definir os estágios da doença. Radiografia de tórax mostra metástase pulmonar, que ocorrem em aproximadamente 10% dos casos. A avaliação óssea e de medula óssea deve ser considerada em alguns casos com cintilografia ou até biópsia. TratamentoO tratamento imediato para tumores que atingem um único rim é a sua retirada, mesmo se houver presença de metástase pulmonar. No ato cirúrgico devem ser examinados o rim sadio, o fígado e linfonodos. Após a cirurgia geralmente são feitos tratamentos complementares, com quimioterapia e radioterapia. O uso de quimioterapia antes da cirurgia não é usual, limitando aos casos em que existe tumor em ambos os rins, e seu seria na tentativa de se salvar um deles; ou em casos de tumores irressecáveis inicialmente. PrognósticoAs variáveis mais importantes são o estágio da doença e o tipo histológico do tumor. Pacientes com doença em estágio I ou II têm mais de 90% de chance de cura. Esta porcentagem cai para 85% nos doentes em estágio III e 70% nos de estádio IV. A recorrência do tumor leva a um prognóstico ruim, mas novas drogas e terapias têm levado melhora a uma parcela dos doentes. As chances de sucesso são otimizadas quando o tratamento ocorre em um centro infantil especializado. Obrigado por me visitar. Se tiver dúvidas ou sugestões, mande uma mensagem . |
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Voltar à página principal | Última atualização: 01/05/2008 | ||
Bibliografia |